A oliveira faz parte da história e vida dos palestinos. Tornou-se símbolo de resistência e resiliência palestina e é considerada como identidade nacional desse povo, não apenas por ser a fonte de renda de grande parcela da população ou por ser uma árvore forte e suportar diversidades climáticas, mas por ter em seu solo raizes fincadas a terra, que assim como o povo palestino, resiste às mais difícies circunstâncias.
A temporada de colheita das azeitonas acontece anualmente entre os meses de outubro e novembro. No entanto, os olivais permeiam a vida dos palestinos por todo o tempo, seja na culinária, nas cantigas aprendidas nas escolas, como também na arte eliteratura, tendo como alguns exemplos clássicos, as cores vivas do artista plástico Sliman Mansour e versos de resistência de Mahmud Darwish. Os palestinos preservam a tradição de colher e cultivar a terra como seus ancestrais faziam.
Há cerca de doze milhões de oliveiras em 45% das terras agrícolas da Cisjordânia, Segundo a Olive Oil Times, 80% dos olivais têm mais de um século. Entre essas milenares está a oliveira considerada uma das mais antigas do mundo, localizada no vilarejo de Al-Walaja, em Belém, na Cisjordânia ocupada.
Embora a oliveira seja considerada símbolo da paz mundial, é neste período de colheita que Israel mostra uma de suas faces mais violentas, intensificando seus ataques a camponeses e a destruição de seus olivais. Os colonos israelenses que, protegidos pelo exército ocupante, queimam árvores e saqueiam as azeitonas palestinas, agem com extrema violência. Sempre em grupos, esses colonos, muitas vezes, espancam os agricultores, sem fazer diferença entre, homens, mulheres, crianças ou idosos. A impunidade permite que continuem a praticar esses atos.