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Ghassan Kanafani – Escritor da Resistência

Autor(a):
Editora Editora MEMO
Publicado em 10 de julho de 2022
Tipo de Publicação Digital
Nº de páginas 38
Idioma Português

A caneta era a velha e contínua arma que incomodava o sono dos ocupantes e colonizadores com nomes e títulos diversos. Centenas de políticos e militantes árabes que percorreram esse caminho não possuíam uma arma para enfrentar os exércitos das forças coloniais francesas e britânicas. Apesar disso, o impacto de suas canetas frente ao colonialismo equivale ao impacto de mil canhões e um milhão de fuzis. No caminho dessas pessoas,  andou Ghassan Kanafani, e não há dúvida de que essa formação teve grande impacto na formação da personalidade de Ghassan a partir de seu contemporâneo com os crimes das quadrilhas sionistas e o deslocamento de seu país e o êxodo para o Líbano, e depois para a Síria, onde o núcleo de um escritor distinto e brilhante e jornalista de sucesso começou a se formar.

O nome de Ghassan Kanafani brilhou ao escrever literatura e romance palestinos, e ele é considerado um dos mais importantes escritores que fundaram a literatura palestina após a Nakba e restauraram a consciência sobre ela. Ele era conhecido como um jornalista e ativista que carregava a causa palestina e suas preocupações em tudo o que escrevia, pois seus escritos eram inspirados no pulso e na realidade das ruas palestinas. Foi ele quem lançou a pedra fundamental para o que é conhecido como “Literatura de Resistência”. Para completar os capítulos da sua saga, Kanafani pagou com a vida pelo que escreveu com a caneta e pintou com o pincel. Ghassan foi um dos que lutou sinceramente para transformar o movimento de resistência de um movimento de libertação nacional palestino em um movimento revolucionário nacionalista árabe socialista no qual a libertação da Palestina é um componente essencial. Ele sempre enfatizou que o problema palestino não seria resolvido isoladamente da situação social e política geral do mundo árabe.

Sobre isso, diz Kanafani: Aprendemos com as massas e as ensinamos, mas parece-me certo que ainda não nos formamos nas escolas das massas; O verdadeiro mestre é permanente cuja revolução, na pureza de suas visões, é parte inseparável do pão e da água, e paralisa a labuta e o batimento cardíaco.

Ghassan Kanafani se foi, dono de A Terra das Laranjas Tristes, dedicou os textos literários como espaço da situação palestina no interior ocupado e na diáspora. Sua sobrinha Lamis Najm também se foi, a garota cuja imaginação estava ocupada pelo sonho de retornar a um país ameaçado de saque do que restava dele. Mas Ghassan, cinco décadas depois de seu martírio, suas obras ainda estão carregadas de uma emoção viva que traz o leitor de volta à verdade em seu brilho, à inesquecível Palestina na terra e no céu; Palestina, que Darwish lamentou Kanafani dizendo: “Se eles o colocassem no céu ou no inferno, você teria ocupado seus moradores com a causa da Palestina…”

Nas celebrações dos 50 anos desde a morte do escritor Ghassan Kanafani, a Editora MEMO publica um documento com informações e testemunhos sobre sua vida dedicada à causa palestina e a literatura de resistência.

Sobre o(a) autor(a)

Abdullah Omar

Jornalista e crítico palestino, nascido em Ramallah, especializado em Gestão Esportiva pela FIFA/CIES. Colaborador do MEMO, escreve em inglês, árabe e português.

Mais sobre o(a) autor(a)
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