O Templo de Salomão paulistano foi inaugurado em 2014 por iniciativa do Bispo Edir Macedo, pastor e fundador da Igreja Universal do Reino de Deus. Para os fiéis, trata-se da reprodução de um templo mítico, que teria sido o primeiro erguido pelo rei Salomão.
Maquete parecida, ou sobre a mesma ideia de templo, é exibida a visitantes enquanto movimenos de colonos ortodoxos e políticos de direita tentam assegurar que ele seja erguido. Mas o mais importante nisso tudo não é a fé jucaico-cristã na existência do templo milênios atrás, mas sim o lugar onde querem construí-lo: sobre as ruínas de Al-Aqsa.
A Mesquita de Al-Aqsa, no coração da cidade de sagrada de Jerusalém, tem 1300 anos de existência e é um patrimônio de toda a humanidade (Dictionary of Islamic Architecture, de Andrew Petterson, 1994). Mas sua existência significa também que Jerusalém é também islâmica, o que contraria os planos de Israel de torná-la totalmente judaica.
Escavações, invasões e campanhas israelenses têm ameaçado os alicerces e a preservação desse símbolo de Jerusalém. Este documento ajuda a compreender as conexões entre o santuário do Brás, no Brasil, e as ameaças que pesam sobre a mesquita e o complexo de Al-Aqsa.